domingo, 1 de março de 2009

NORDESTE (2)

ÁRIDO MOVIE (2006)


SINOPSE: Árido Movie narra a trajetória de Jonas, que, desgarrado da família desde pequeno, é apresentador da previsão do tempo em um canal de televisão em São Paulo. O inesperado assassinato do pai obriga-o a fazer uma jornada de retorno as suas origens. Mas, Jonas desconhece o verdadeiro motivo de sua volta, solicitada pela avó, Dona Carmo, que escolhe-o para vingar a morte do pai e lavar a honra da família. Ao chegar a Rocha, sua cidade natal, Jonas encontra um clima de vingança pairando no ar. O enterro do seu pai é carregado de emoções dúbias. É aí que Jonas descobre o seu infortúnio: o peso de ser o herdeiro de uma realidade que já julgava não ser mais a sua.
Todos sabem que estou longe de ser um crítico de cinema, considero-me apenas um apreciador da sétima arte, além de garimpeiro cinematográfico. Entre minhas descobertas está este filme, que não posso dizer que o entendi plenamente, mas acho que é exatamente esse o objetivo do filme: nos "chapar".
Destaque para o diálogo entre Jonas (Guilherme Weber) e Zé Elétrico (José Dumont) no alto de uma formação rochosa do sertão nordestino, em que o índio, considerado pelos "colonizadores" civilizados _representado por Jonas_ como seres irracionais, dá uma aula sobre a humanidade. E o melhor disso tudo é que ficamos na dúvida de que se ele realmente falou tudo aquilo, ou não passou de uma simples "viagem" do Homem do Tempo.
Outro ponto alto são os três amigos de Jonas: Bob (Selton Mello), Verinha (Mariana Lima) e Falcão (Gustavo Falcão) três jovens "chapadinhos".




Música: Na Veia
Intérprete: Cordel do Fogo Encantado
CD: O Circo do Palhaço Sem Futuro (2002)

Eu vou cantar pra saudade
Com seu vestido vermelho
E a sua boca

Eu vou cantar pra saudade
Descer na minha cabeça
E comandar sua festa

Aquele cheiro, som, imagem do teu corpo incendeia
E um rio carregado de saudade vem correr na minha veia
Na veia, amor, na veia
É como a luz da lua que atravessa a parede da cadeia
Clareia mais forte que o sol

E Quando a saudade chegar com seu batalhão de agitadores
E tantas bandeiras
Vou cantar aquele som da gente
Vou rasgar o teu vestido novo